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terça-feira, 29 de setembro de 2009

UMA FORCINHA PARA O BAIRRISMO PAULISTA




























Dia 20 de setembro foi a comemoração da Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul e, para aproveitar a presença do meu pai em São Paulo e o fato de termos mais uma desculpa para festas, fizemos um churrasco comemorativo. Misturamos gaúchos, paulistas, brasilienses, argentinos e portugueses. No meio da tarde os gaúchos resolveram cantar o hino do Rio Grande do Sul, para diversão dos paulistas que, como não conhecem o seu próprio hino, não puderam revidar a provocação.
Ontem, por coincidência, recebi um e-mail da minha mãe que falava deste assunto e achei que era o momento de ensinar o hino do estado de São Paulo aos paulistas! Aí vai:
Hino do estado de São Paulo
Paulista, pára um só instante
Dos teus quatro séculos ante
A tua terra sem fronteiras,
O teu São Paulo das "bandeiras"!

Deixa atrás o presente:
Olha o passado à frente!

Vem com Martim Afonso a São Vicente!
Galga a Serra do Mar! Além, lá no alto,
Bartira sonha sossegadamente
Na sua rede virgem do Planalto.
Espreita-a entre a folhagem de esmeralda;
Beija-lhe a Cruz de Estrelas da grinalda!
Agora, escuta! Aí vem, moendo o cascalho,
Botas-de-nove-léguas, João Ramalho.
Serra-acima, dos baixos da restinga,
Vem subindo a roupeta
De Nóbrega e de Anchieta

Contempla os Campos de Piratininga!
Este é o Colégio. Adiante está o sertão.
Vai! Segue a entrada! Enfrenta!
Avança! Investe!

Norte - Sul - Este - Oeste,
Em "bandeira" ou "monção",
Doma os índios bravios.

Rompe a selva, abre minas, vara rios;
No leito da jazida
Acorda a pedraria adormecida;
Retorce os braços rijos
E tira o ouro dos seus esconderijos!

Bateia, escorre a ganga,
Lavra, planta, povoa.
Depois volta à garoa!

E adivinha através dessa cortina,
Na tardinha enfeitada de miçanga,

A sagrada Colina
Ao Grito do Ipiranga!
Entreabre agora os véus!

Do cafezal, Senhor dos Horizontes,
Verás fluir por plainos, vales, montes,
Usinas, gares, silos, cais, arranha-céus!

Agora preciso estudar e saber se Martin Afonso (o charmoso personagem da foto) e João Ramalho foram tão importantes quanto Giuseppe Garibaldi! Vamos ver se encontro algum paulista que conheça a história e possa me contar...
PS.: Para quem quiser ensaiar, deixo o link da música no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=CooxTgNTHxs&feature=related.

domingo, 27 de setembro de 2009

PEOPLE WATCHING

Enfim estou de volta! Após longas férias do blog, retorno ao meu prazer de falar da minha querida São Paulo. Neste intervalo andei por muitos lugares diferentes dentro e fora da cidade e sempre pensando em temas que fossem legais de comentar aqui.

Reforço a cada dia a minha paixão por cidades grandes, agitadas, cosmopolitas e cheias de GENTE! É impressionante como o povo caracteriza os lugares e como é possível sentir isto quando os visitamos. Fui viajar para fora do país nas minhas férias e voltei para São Paulo com aquele olhar de turista, curioso, tentando imaginar o que se passa na vida daquelas pessoas, como seria viver ali, como determinados hábitos foram gerados e que história há por trás de tudo que fotografamos. Aliás, eu tenho um hábito que me diverte muito quando estou de férias que é fotografar pessoas nas ruas sem que elas percebam. Tenho álbuns de várias cidades diferentes que chamo de “people watching” e sou capaz de lembrar de que cidade foi determinada foto somente pelo estilo das pessoas.

Por coincidência logo depois das férias passei um fim de semana apresentando a cidade para um casal de amigos do meu pai e fizemos aqueles programas “primeira vez em São Paulo”: Liberdade, Praça da Sé, Estação da Luz, Av. Paulista, Mercado Municipal e Bar Brahma! O meu olhar de turista buscando o melhor ângulo para a fotografia me fez perceber várias coisas que nunca tinham me chamado a atenção. E as pessoas? Na minha percepção as pessoas do centro da cidade têm uma identidade que eu não sei descrever, mas, tem uma identidade própria, um estilo. Nesta mesma semana, fui à zona norte prestigiar o aniversário de uma querida amiga naqueles bares da Eng. Caetano Álvares, onde todos os bares estão concentrados na mesma rua, daqueles com mesinha na calçada e que os carros passam devagar prá ver quem está lá. Parece cidade do interior! E acredite: as pessoas lá também têm uma identidade, um estilo, algo que eu também não sei descrever, mas tem.

Durante as férias estive na Rússia e, embora tenha admirado muito o país, a história, a arquitetura, a vodka e a companhia dos queridos amigos que me acompanharam, agradeci muito por ter nascido no Brasil e por morar em São Paulo, com este clima (relativamente) quente, este povo (relativamente) alegre e civilizado. Relativamente pois a relação é com a Rússia, não com o Rio de Janeiro e a Suíça. Embora ainda tenha muita gente lá fora que pensa que nós brasileiros vivemos pelados entre os animais, é impressionante como somos civilizados! Somos higiênicos (tomamos banho todos os dias!) e temos um povo que gosta de gente! Sem falar da qualidade dos serviços, quesito que São Paulo vence muitas grandes cidades mundo afora.

Vejo as diferentes identidades de pessoas que formam esta cidade e penso que este é o grande barato daqui! Quanta gente tem aqui! Quanta mistura de raças, de origens, de sotaques, de ambientes que influenciam, de objetivos que as trouxeram até aqui. Acho que se eu fizer um álbum “people watching” de São Paulo eu não conseguirei traçar um perfil das pessoas e ficarei com a gostosa mistura de ser brasileiro numa cidade que já não é dos paulistas, é do Brasil!

P.S.: Na foto estão dois descendentes de japoneses que, com certeza, não são paulistanos. Os nossos japoneses são diferentes dos outros, não são?!

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Dica do blog: meu primo Gustavo Neves Coelho, Bacharel em Filosofia e um fotógrafo "de mão cheia" publicou algumas fotos que realmente valem a pena no site http://cargocollective.com/gustavocoelho. Confiram!

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