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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O PARQUE DA LUZ PELO MEU OLHAR


Hoje divido um pouco do meu olhar ao fotografar o Parque da Luz em Janeiro deste ano. As fotos são amadoras mas transmitem a beleza do lugar! Espero que gostem. 









segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ELES ESTÃO POR TODA PARTE



São como formiga no bolo, areia no deserto. São tantos que eu nem sei quantos. Quando estão em seu habitat natural, se aglomeram em filas. Filas para passar, filas para comprar, filas para entrar, filas para sair, filas para comer, filas para conseguir chegar em casa, filas, filas, filas. Não há lugar onde não se encontre filas deles.

Quando são abençoados com algum feriado prolongado que permita que eles fujam um pouco da cidade, se organizam em blocos e invadem lugares pelo Brasil afora transformando temporariamente seus hábitos. Levam filas para Florianópolis, pressa para Salvador,  sotaque da capital para o interior, ar de superioridade para o Rio de Janeiro. Logo trazem tudo de volta, vestem um terno e voltam para a realidade da garoa.

Muitas músicas os descrevem como solitários, trabalhadores, sofredores, condutores e autênticos.  Autênticos. Definitivamente, não são brasileiros comuns.  São de todas as raças e origens, com motivos diferentes para estar onde estão, com percepções distintas deste mar de luzes, beleza e caos (plagiando Fernanda Abreu) que forma a cidade.  E não importa o que diga no seu registro de identidade, depois que o coração acostuma com a velocidade do batimento de São Paulo, todos que moramos aqui somos PAULISTANOS. 

domingo, 7 de fevereiro de 2010

SONS DE SÃO PAULO



Tic, tac, tic, tac. Há muito tempo meu despertador já não tem este barulho. Hoje em dia posso escolher acordar com o John Mayer cantando. Até que eu comece a sentir raiva dele por interromper meus sonhos todos os dias.

Água correndo no chuveiro, o leite quente no microondas,  a sirene da ambulância que chega no Hospital Santa Paula. Maria Rita cantando no meu rádio é interrompida pelo avião da TAM chegando em Congonhas. Eu já acostumei. Só percebo umas cinco vezes por dia.

Secador de cabelo, o meu salto avisando ao vizinho de baixo que está na minha hora de sair. A máquina do elevador, o alarme do carro. Ligo o rádio prá saber do trânsito. Passa o primeiro motoboy. Num dia de raiva eu ainda atropelo um. Donos das ruas e das buzinas mais irritantes do universo.

Tic, tic, tic  das teclas do computador, toque do telefone, gente falando o seu nome o dia inteiro. Pareço estressada?  Impressão. Rotina.  Falando em rotina, trovões. Barulho de chuva, de árvore caindo. Susto.

Na padaria a televisão está ligada. O palmeirense do caixa conversa sobre futebol. Há muitas outras conversas que juntas formam um zunido único.  O som dos talheres em colisão.  Lá vem uma Harley, tão chata quanto o motoboy.

Em casa. A obra ao lado ainda não terminou. Durante a noite ainda tem o caminhão do lixo, os caminhões pipa. As ambulâncias e os aviões continuam. Telefone no silencioso para não ser acordada pela promoção relâmpago da Fnac no meio da noite.

Busco silêncio dentro de mim e fico feliz quando encontro.  Esta é uma difícil missão em São Paulo. 
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